Nos dias atuais, o guardanapo tornou-se um componente obrigatório em todas as mesas. Mas, apesar de ser extremamente necessário no dia-a-dia de residências e estabelecimentos comerciais, talvez a maioria das pessoas não tenham idéia de que o guardanapo surgiu na Idade Média para suprir um hábito considerado bastante estranho e inusitado para nós nos dias de hoje. Antes do guardanapo, cachorros e coelhos eram usados na limpeza das mãos dos comensais. É por isso, muito provavelmente, que tantas cenas medievais dos primeiros anos da Renascença, mostram cães em volta de mesas de banquetes.
Nas festas medievais a regra era comer com as mãos. Até o século 13 não se usavam pratos e o garfo, surgindo no século 11, só veio a ser utilizado genericamente 500 anos depois. Já era de todo o modo, uma evolução em relação aos tempos áureos da civilização grega, quando as pessoas comiam deitadas (ou quase) usando as mãos (ou a colher, raramente) para levar o alimento à boca. Os modos mais civilizados começam a surgir a partir do século 16, quando as mesas italianas, por exemplo, eram ornamentadas por fidalgas de alto escalão, com diferentes maneiras de dobrar o guardanapo (até em forma de galinha), e também por clérigos, (até o desenho da Arca de Noé).
Não existe informação precisa sobre as origens do guardanapo, mas o Codice Romanov, livro de anotações culinárias atribuídas a Leonardo da Vinci (1452-1519), traz uma indicação de que esta peça pode ter sido mais uma de suas criações geniais.
Através dos séculos, o guardanapo foi se tornando um item indispensável nas guarnições. E o seu uso foi finalmente democratizado com o lançamento do guardanapo descartável a partir da década de 70, pois com as mulheres abrindo mão de tarefas domésticas para trabalhar fora, toda inovação que trouxesse facilidades na sua vida, foi rapidamente incorporada no cotidiano das famílias.
Atualmente, graças a tecnologia e criatividade, as mesas podem ser ornamentadas também com sofisticação e beleza.
O guardanapo correto é de tecido e quadrado, mas com as exigências de uma vidamais prática dá para usar de papel, desde que ele seja macio e de boa qualidade.
Usado para higiene e proteção das roupas, a maneira como é usado mostra se uma pessoa é bem educada ou não. Para não deixar dúvidas seguem algumas dicas:
• O guardanapo deve estar colocado sempre à esquerda do prato.
• Ao sentar-se pegue o guardanapo e coloque-o aberto no colo.
• Antes de beber qualquer coisa limpe a boca com o guardanapo. Borda do copo suja de gordura é muito feio.
• Caso ele caia no chão no restaurante é só pedir outro para o garçom. Se for na casa de alguém, abaixe-se com cuidado para não incomodar quem está do lado, pegue-o e volte a comer tranqüilamente.
• Se encontrar um guardanapo de papel dentro do de pano é para limpar o batom, não é correto deixar o guardanapo de pano todo manchado de batom.
• Não use para limpar o nariz ou o rosto, em caso urgente o correto é levantar e seguir rapidinho para o banheiro.
• Guardanapos de papel devem ser usados e postos discretamente em cima da mesa.
• Se o serviço for buffet, deixe o guardanapo encima da mesa quando for se servir, e torne a colocá-lo no colo ao retornar.
• Alguns restaurantes disponibilizam toalhinhas quentes para limpar as mãos. Não limpe o rosto com ela, é só para as mãos!
• Restaurantes e casas particulares as vezes usam guardanapos enfiados numa espécie de anel “porta guardanapos”, tire da argola para usar e não recoloque quando acabar de comer.
• Se for comer macarrão ou qualquer coisa com muito molho não é feio proteger a roupa com o guardanapo, os homens podem prender no colarinho.
• Em jantares elegantes quando é servido algum alimento que é para ser comido com as mãos (alcachofra, aspargos e ostras) se oferece depois uma vasilha (lavanda) com um pouquinho de água morna e umas gotinhas de perfume, para lavar as pontas dos dedos. Nesse caso, é oferecido um guardanapo extra que depois é retirado junto com a vasilha.
• Quando terminada a refeição, o guardanapo deve ser deixado sobre a mesa, ao lado do prato. Não é necessário dobrar, mas também não faça um montinho com ele
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