terça-feira, 5 de abril de 2011

Barquilhos de Laranja de Setúbal


Apresentado em pequenos barcos de hóstia, trata-se do doce característico de Setúbal, provavelmente uma reminiscência dos tempos em que os laranjais ocupavam uma parte importante da Península.

Note-se que a produção de citrinos já foi ali tão importante que ainda hoje as laranjas sem caroço são designadas «da baía» … da baía de Setúbal, obviamente. Embora já há várias décadas a produção destes frutos tenham migrado para o Algarve, muitas das tradições do laranjal da península de Setúbal mantiveram-se.

Tire a casca a um quilo de laranjas, corte em talhadas, elimine os caroços e coloque num alguidar com água. Passadas umas horas, escorrem-se e colocam-se num tacho grande, cobram-se com água e levam-se a cozer. Depois de cozidas escorrem-se novamente e deixam-se em água fria, onde permanecem nove dias mudando-se a água todos os dias.

Ao décimo dia escorrem-se e pesam-se.

Com o mesmo peso de açúcar pilé e a metade do peso de água prepara-se uma calda que vai ao lume até ferver. Deitam-se, então, os pedaços de laranja e mexe-se até se obter o ponto de pasta, caso se pretenda guardar, ou de espadana, no caso de se pretender consumir imediatamente.

Se não quiser dar-se ao trabalho de confeccionar as formas de hóstia, pode adquiri-las já feitas.

Cedida por Isabel Artoholik

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