quinta-feira, 7 de abril de 2011

Por Terras de Rojões e Cabidela...


A cozinha Minhota não é só um estilo de cozinhar, mas também de comer. E quem passa pelo Minho variedade não falta. Pode-se considerar, que é através desta gente, que ocorre uma defesa da sua mesa regional e das suas especialidades, que é transformado num ritual. Aproveite o q há de bom nesta região. Usufrua e sacie-se nesta rica e farta cozinha, e porque não fazer uma visita ou mesmo estágio?

Eis uns quantos exemplos: os sarrabulhos - a matança do porco, um culto muito enraizado e uma grande festa sempre recordada com saudade, desde a cozedura das carnes frescas ao arroz malandro, com um pouco de sangue a que se juntam as miudezas. Em separado, os cuidados vão para os rojões e para os diversos enchidos, com destaque para as bicas e farinhatos.

A posta Barrosã - referência da região e da bovinicultura portuguesa. Do lombo á fraldinha e entrecosto assado, aos bifes do lombo, passando pelas peças nobres e pelas costelas grelhadas com mestria.

O conhecido "pica-no-chão" que exige um bicho caseiro e de raça poedeira. Um estrugido bem apurado com azeite e um arroz gomadinho, ao qual se junta o sangue antes do greiro abrir. Ao arroz ensanguentado junta-se o franganote sem gorduras a tempo de uma fervura final. Serve-se a correr.

A lampreia serve-se com arroz ou á bordalesa. Apresenta-se ás postas, sobre torradas e polvilhada com umas folhinhas de salsa e acompanhada de arroz branco com o olho de cozer por cima.

De entre as sopas e caldos vários, há um que não degenera de ser minhoto, apesar de ser encontrado de Norte a Sul do país. Trata-se do tão requesitado Caldo Verde.

Acompanhe este desfile pantagruélico com vinhos da região, de castas tão nobres como as do Alvarinho e Loureiro.

A doçaria é bem diferenciada, apesar daquela que já se perdeu ao longo dos tempos. O Pudim de Abade de Priscos, o Pão-de-Ló de Margaride e a doçaria conventual são excelentes formas de encerrar este culto da boa mesa.

texto de Pedro Ferreira

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